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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

CAVALEIROS DO ZODÍACO: OS PRINCIPAIS DEUSES GREGOS

 


CAVALEIROS DO ZODÍACO: OS PRINCIPAIS DEUSES GREGOS

[Conhecimento] A mitologia grega


O inicio de tudo: Gaia e Urano.

"Mitos de origem" ou "mitos de criação", na mitologia grega, são termos alusivos à intenção de fazer com que o universo torne-se compreensível e com que a origem do mundo seja explicada. Além de ser o mais famoso, o relato mais coerente e mais bem estruturado sobre o começo das coisas, a Teogonia de Hesíodo também é visto como didático, onde tudo se inicia com o Caos: o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. 

Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Eros (atração amorosa), Tártaro (escuridão primeva) e Érebo. Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano, que então a fertilizou. 

Dessa união entre Gaia e Urano, nasceram primeiramente os Titãs: seis homens e seis mulheres (Oceano, Céos, Crios, Hiperion, Jápeto, Teia e Reia, Têmis, Mnemosine, Febe, Tétis e Cronos); e logo os Ciclopes de um só olho e os Hecatônquiros. 

Contudo, Urano, embora tenha gerado estas divindades poderosas, não as permitiu de sair do interior de Gaia e elas permaneceram obedientes ao pai. Somente Cronos, "o mais jovem, de pensamentos tortuosos e o mais terrível dos filhos", castrou o seu pai– com uma foice produzida das entranhas da mãe Gaia– e lançou seus genitais no mar, libertando, assim, todos os irmãos presos no interior da mãe. 

A situação final foi que Urano não procriou novamente, mas o esperma que caiu de seus genitais cortados produziu a deusa Afrodite, saída de uma espuma da água, ao mesmo tempo que o sangue de sua ferida gerou as Ninfas Melíades, as Erínias e os Gigantes, quando atingiu a terra. 

Sem a interferência do pai, Cronos tornou-se o rei dos titãs com sua irmã e esposa Reia como cônjuge e os outros Titãs como sua corte.

A ascensão dos deuses.

Quando Cronos tomou o lugar de Urano, tornou-se tão perverso quanto o pai. Com sua irmã Reia, procriou os primeiros deuses olímpicos (Héstia, Deméter, Hera, Hades, Poseidon e Zeus), mas logo os devorou enquanto nasciam, pelo medo de que um deles o destronasse. 

Mas Zeus, o filho mais novo, com a ajuda da mãe, conseguiu escapar do destino. A mãe, pegou uma pedra, enrolou-a em um tecido e deu a Cronos, que comeu-a, pensando que fosse Zeus. O filho travou uma guerra contra seu progenitor, cujo vencedor ganharia o trono dos deuses. Ao final, com a força dos Cíclopes– a quem libertou do Tártaro– Zeus venceu e condenou Cronos e os outros Titãs na prisão do Tártaro, depois de obrigar o pai a vomitar seus irmãos. 

Para a mitologia clássica, depois dessa destituição dos Titãs, um novo panteão de deuses e deusas surgiu. Entre os principais deuses gregos estavam os olímpicos- cuja limitação de seu número para doze parece ter sido uma ideia moderna, e não antiga - que residiam no Olimpo abaixo dos olhos de Zeus. 

Nesta fase, os olímpicos não eram os únicos deuses que os gregos adoravam: existiam uma variedade de divindades rupestres, como o deus-bode Pã, o deus da natureza e florestas, as ninfas— Náiades (que moravam nas nascentes), Dríades (espíritos das árvores) e as Nereidas (que habitavam o mar) —, deuses de rios, Sátiros, meio homem, meio bode, e outras divindades que residiam em florestas, bosques e mares. Além dessas criaturas, existiam no imaginário grego seres como as Erínias (ou Fúrias) (que habitavam o submundo), cuja função era perseguir os culpados de homicídio, má conduta familiar, heresia ou perjúrio.

No entanto, os deuses gregos, embora poderosos e dignos de homenagens como as presentes nos hinos, eram essencialmente humanos (praticavam violência, possuíam ciúme, cólera, ódio e inveja, tinham grandezas e fraquezas humanas), embora fossem donos de corpos físicos ideais. Independentemente de suas formas humanas, os deuses gregos tinham muitas habilidades fantásticas, sendo as mais importantes: ter a condição de ser imune a doenças, feridas e ao tempo; ter a capacidade de se tornar invisível; viajar longas distâncias instantaneamente e falar através de seres humanos sem estes saberem. Os gregos consideravam a imortalidade — que era assegurada pela alimentação constante de ambrosia e pela ingestão de néctar — como a característica distintiva dos deuses.

Cada deus descende de uma genealogia própria, prossegue interesses próprios, tem uma certa área de especialização, e é regido por uma personalidade singular; no entanto, essas descrições surgem a partir de uma infinidade de locais arcaicos variantes, que não coincidem sempre com elas. Quando esses deuses eram aludidos na poesia, na oração ou em cultos, essas práticas eram realizadas mediante uma combinação de seus nomes e epítetos, que os identificavam por essas distinções do resto de suas próprias manifestações (e.x. Apolo Musageta era "Apolo, [como] chefe das Musas").


A maioria dos deuses foram associados a aspectos específicos de suas vidas: Afrodite, por exemplo, era deusa do amor e da beleza, Ares era deus da guerra, Hades o deus da morte e do inferno, e Atena a deusa da sabedoria, guerra e da coragem. Certos deuses, como Apolo (deus do sol) e Dionísio (deus da festa e do vinho), apresentam personalidades complexas e mais de uma função, enquanto outros, como Héstia e Hélio, revelam pequenas personificações. 

Os templos gregos mais impressionantes tendiam a estar dedicados a um número limitado de deuses, que foram o centro de grandes cultos pan-helênicos. De maneira interessante, muitas regiões dedicavam seus cultos a deuses menos conhecidos e muitas cidades também honravam os deuses mais conhecidos com ritos locais característicos e lhes associavam mitos desconhecidos em outros lugares. Durante a era heroica, o culto dos heróis (ou semi-deuses) complementou a dos deuses e ambas as criaturas se fundiram no imaginário da Grécia.

Zeus
Zeus na religião da Grécia Antiga, é o "pai dos deuses e dos homens" que exercia a autoridade sobre os deuses olímpicos como um pai sobre sua família. É o deus dos céus e dos trovões, na mitologia grega. Seu equivalente romano é Júpiter.

Filho de Crono e Reia, Zeus é o mais novo de seus irmãos; na maior parte das tradições é casado com Hera, embora, no oráculo de Dodona, sua esposa seja Dione. É conhecido por suas aventuras eróticas, que frequentemente resultavam em descendentes divinos e heróicos, como Atena, Apolo e Ártemis, Hermes, Perséfone (com Deméter), Dioniso, Perseu, Héracles, Helena de Troia, Minos, e as Musas (de Mnemosine); com Hera, teria tido Ares, Hebe e Hefesto.

Em Cavaleiros do Zodiaco, ainda está para fazer uma aparição, na suposta Saga de Zeus que se colocaria após o Next Dimension.

Hades


Hades, na mitologia grega, é o deus do mundo inferior e dos mortos.

Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra.

É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia, formava com seus cinco irmãos os Crônidas: as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Poseidon e Zeus.

Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone, filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.

Hades costuma apresentar um papel secundário na mitologia, pois o fato de ser o governante do Mundo dos Mortos faz com que seu trabalho seja "dividido" entre outras divindades, tais como Thanatos, deus da morte, ou as Queres.

Em Cavaleiros do Zodiaco, Hades tomou Shun de Andrômeda como seu receptáculo, já que todos os receptáculos de Hades são conhecidos por serem os mais gentis e de coração puro da geração. É sempre servido por seus deuses menores e servos, Thanatos e também Hypnos, o deus do sono.

Poseidon
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Poseidon é o deus dos mares e terremotos de acordo com a mitologia grega.

Poseidon disputou com Atena para decidir qual dos dois seria o padroeiro de Atenas, o que em Saint Seiya, é representado pelas diversas guerras santas que os dois travaram ao longo dos anos.

As mulheres da Ática tinham o direito ao voto na época do rei Cécrope I. Quando este rei fundou uma cidade, nela brotaram uma oliveira e uma fonte de água. O rei perguntou ao oráculo de Delfos o que isso queria dizer, e resposta foi que a oliveira significava Atena e a fonte de água Poseidon, e que os cidadãos deveriam escolher entre os dois qual seria o nome da cidade. 

Todos os cidadãos foram convocados a votar, homens e mulheres; os homens votaram em Poseidon, as mulheres em Poseidon, e Atena venceu por um voto. Poseidon ficou irritado, e atacou a cidade com as ondas. Para apaziguar o deus, as mulheres de Atenas aceitaram três castigos: que elas perderiam o direito ao voto, que nenhum filho teria o nome da mãe e que ninguém as chamaria de atenienses.

Na Ilíada, Poseidon aparece-nos como o deus supremo dos mares, comandando não apenas as ondas, correntes e marés, mas também as tempestades marinhas e costeiras, provocando nascentes e desmoronamentos costeiros com o seu tridente. Embora seu poder pareça ter se estendido às nascentes e lagos, os rios, por sua vez, têm as suas próprias deidades, não obstante o facto de que Poseidon fosse dono da magnífica ilha de Atlântida.

Geralmente, Poseidon usava a água e os terremotos para exercer vingança, mas também podia apresentar um caráter cooperativo. Ele auxiliou bastante os gregos na Guerra de Troia, mas levou anos se vingando de Odisseu, que havia ferido a cria de um de seus ciclopes.

Os navegantes oravam a ele por ventos favoráveis e viagens seguras, mas seu humor era imprevisível. Apesar dos sacrifícios, que incluíam o afogamento de cavalos, ele podia provocar tempestades, maus ventos e terremotos por capricho.

Considerando que as inúmeras aventuras amorosas de Posídon foram todas frutíferas em descendentes, é de notar que, ao contrário dos descendentes de seu irmão Zeus, os filhos do deus dos mares, tal como os de seu irmão Hades, são quase todos maléficos e de temperamentos violentos. Alguns exemplos: de Teosa nasce o ciclope Polifemo; de Medusa nasce o gigante Chrysaor e o cavalo alado, Pégaso; de Amimone nasce Náuplio; com Deméter nasce Despina, deusa do inverno que acaba com tudo o que sua mãe e sua meia-irmã Perséfone cultivam, também congela as águas; com Ifimedia, nascem os irmãos gigantes Oto e Efialtes (os Aloídas), que chegaram mesmo a declarar guerra aos deuses.

Em Cavaleiros do Zodiaco, foi representado pelo receptáculo Julian Solo, o herdeiro de uma familia rica de comerciantes maritmos. Manipulou Hilda com o Anel dos Nibelungos para jogar Asgard em guerra contra Atena e depois ele mesmo a raptou, causando então outra guerra santa entre os deuses.

Atena


Atena, também conhecida como Palas Atena é, na mitologia grega, a deusa da guerra, da civilização, da sabedoria, da estratégia, das artes, da justiça e da habilidade. 

Uma das principais divindades do panteão grego e um dos doze deuses olímpicos, Atena recebeu culto em toda a Grécia Antiga e em toda a sua área de influência, desde as colônias gregas da Ásia Menor até as da Península Ibérica e norte da África. Por isso seu culto assumiu muitas formas, além de sua figura ter sido sincretizada com várias outras divindades das regiões em torno do Mediterrâneo, ampliando a variedade das formas de culto.

A versão mais corrente de seu mito a dá como filha partenogênica de Zeus, nascendo de sua cabeça plenamente armada. Jamais se casou ou tomou amantes, mantendo uma virgindade perpétua. Era imbatível na guerra, nem mesmo Ares lhe fazia páreo. Foi padroeira de várias cidades mas se tornou mais conhecida como a protetora de Atenas e de toda a Ática. Também protegeu vários heróis e outras figuras míticas, aparecendo em uma grande quantidade de episódios da mitologia.

Foi uma das deusas mais representadas na arte grega e sua simbologia exerceu profunda influência sobre o pensamento grego, em especial nos conceitos relativos à justiça, à sabedoria e à função civilizadora da cultura e das artes, cujos reflexos são perceptíveis até nos dias de hoje em todo o ocidente.

Em Cavaleiros do Zodiaco, seu receptáculo é Saori Kido, que com a morte de seu avô tomou conta de todas os negócios da familia e a Fundação Graad, uma rica empresa. Sempre acompanha os cavaleiros em suas batalhas ou o ajuda com sua cosmo-energia, dando apoio e força para seus leais guerreiros. É extremamente doce e age com compaixão até com seus inimigos.

Ares


Ares, na mitologia grega, é o deus da guerra selvagem, da matança e da violência.

Ares é filho do famoso Zeus e Hera. Ares foi muito cultuado em Esparta, uma das mais importantes Cidades-Estados da Grécia antiga. Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada.
Os romanos identificaram-no como Marte, o deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos).

Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares.5 Embora também a meia irmã de Ares, Atena, fosse uma deidade da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado.

"Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia. Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Corvos e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

Em Cavaleiros do Zodiaco, foi mencionado somente no Hipermito. Segundo o mesmo, Ares atacou Atena e seus Cavaleiros após a guerra contra os Gigantes. A Batalha foi considerada a mais severa dentre as várias Guerras Santas que existiram.

A Guerra Santa entre os Berserkers de Ares e os Cavaleiros se prolongou por muito tempo sem uma pausa sequer. Nem mesmo com a participação dos Cavaleiros de Bronze, de Prata e de Ouro, totalizando 88 guerreiros, o exército de Atena foi capaz de subjugar as Legiões de Ares.

Atena então é obrigada a permitir, pela primeira vez que seus Cavaleiros usassem as Armas da Armadura de Libra em batalha. Com as doze Armas, os Cavaleiros de Atena conseguem reverter a vantagem das Legiões de Ares.

Hefesto
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Hefesto (ou Hefaísto) é um deus da mitologia grega, cujo equivalente na mitologia romana era Vulcano. Filho de Zeus e Hera, rei e rainha dos deuses ou, de acordo com alguns relatos, apenas de Hera, era o deus da tecnologia, dos ferreiros, artesãos, escultores, metais, metalurgia, fogo e dos vulcões. 

Como outros ferreiros mitológicos, porém ao contrário dos outros deuses, Hefesto era manco, o que lhe dava uma aparência grotesca aos olhos dos antigos gregos. Servia como ferreiro dos deuses, e era cultuado nos centros manufatureiros e industriais da Grécia, especialmente em Atenas. O centro de seu culto se localizava em Lemnos. 

Os símbolos de Hefesto são um martelo de ferreiro, uma bigorna e uma tenaz, embora por vezes tenha sido retratado empunhando um machado.

Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal

Nunca houve qualquer menção de Hefesto em Saint Seiya.

Hermes


Hermes era, na mitologia grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos. 

Divindade muito antiga, já era cultuado na história pré-Grécia antiga possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. 
Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas.

As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. 

Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. 

No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes deuses.

Embora Hermes nunca tenha aparecido pessoalmente em Saint Seiya, ele é mencionado como um dos responsáveis diretos pela destronação e banimento do deus Abel.

Dionísio
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Dioniso ou Dionísio é o Deus grego dos ciclos vitais, das festas, do vinho, da insânia, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. 

Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único Deus olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica. Cadmo, rei e fundador de Tebas, foi casado com Harmonia, filha de Ares e Afrodite. Cadmo (e Harmonia) tiveram vários filhos, Autônoe, Ino, Sêmele, Agave e Polidoro.

Zeus engravidou Sêmele, sem o conhecimento de Hera, e prometeu a Sêmele que esta poderia pedir o que quisesse; enganada por Hera, ela pediu que Zeus se mostrasse a ela na sua forma real, como ele se mostrava para Hera. 

Sem poder recusar, Zeus aparece em uma carruagem de raios e trovões, e Sêmele morre, pelo motivo de que seus olhos mortais não suportam a luz divina; Zeus pega o bebê prematuro de seis meses, e o cria na sua coxa. 

As irmãs de Sêmele, porém, disseram que ela tinha engravidado de um mortal, falsamente acusando Zeus de tê-la assassinado com um raio.

Na hora de Dioniso nascer, Zeus desfez os pontos, e entregou o bebê a Hermes, que o entregou a Ino e seu marido Atamante, ordenando que ele fosse criado como uma menina. Mas Hera fez Atamante enlouquecer, e matar seu filho Learco, confundindo-o com um veado; Ino, sem seguida, matou o outro filho Melicertes, e se jogou, com o filho morto, no fundo do mar.

Zeus, desta forma, enganou Hera. Tomou Dionísio para si, e entregou-o para as ninfas que viviam em Nisa, na Ásia; estas ninfas, como prêmio, foram transformadas nas estrelas chamadas Híades.

Apolo

Afrodite


Artêmis


Hera


Héstia


Deméter

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http://ssburningcosmo.forumeiros.com/t13-conhecimento-a-mitologia-grega#13

Mussum e os Originais do Samba


MUSSUM E OS ORIGINAIS DO SAMBA
Pesquisa: Aroldo Historiador

Bem, estamos acostumados a lembrar do Mussum como humorista integrante de "Os Trapalhões", mas ele também foi músico participante da banda "Os Originais do Samba"

Quem conheceu essa faceta relembrará, quem não conheceu, conhecerá agora na Coluna Clio.

(fonte da foto acima, Jair Rodrigues com Os Originais do Samba: http://oglobo.globo.com/cultura/veja-imagens-da-carreira-de-jair-rodrigues-12419917)
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BIOGRAFIAS

(07-04-1941 - 29-07-1994)
Destaca-se em: Humor, Samba
Origem: Brasil

O comediante, ator e sambista Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, foi um integrante do quarteto Os Trapalhões por, aproximadamente, 20 anos. Ele gravou quase 30 filmes com o grupo e também participou de várias atrações televisivas ao longo de sua carreira. Mussum nasceu no dia 7 de abril de 1941, no Rio de Janeiro e morreu 29 de julho de 1994, em São Paulo, aos 53 anos.

"MINHA VIDIS É UM LITRO ABERTIS."

Mussum vem de família humilde. Nasceu no Morro da Cachoeirinha, na zona Norte do Rio de Janeiro. Estudou em colégio interno e serviu na Força Aérea Brasileira, onde chegou a ser cabo. Neste tempo, tocava reco-reco no grupo Os Modernos do Samba, dando início à carreira artística. Ele também alfabetizou sua mãe.

Originais do Samba

"TRAIS MAIS UMA AMPOLA!"

Antes de virar comediante, Mussum fez sucesso na TV nos anos 70 com o grupo “Os Originais do Samba”, caracterizado pelas roupas coloridas. A carreira de Mussum como humorista começou em 1965, no programa humorístico Bairro Feliz, da TV Globo.

Neste show, conta-se que Grande Otelo teria dado o apelido de Mussum ao comediante, uma referência a um peixe escorregadio e liso, que consegue facilmente sair de situações embaraçosas.

Os Trapalhões

SÓ NO FOREVIS!

Após recusar alguns convites, Mussum, finalmente, aceitou participar de Os Trapalhões em 1973, convencido pelo amigo Manfried Santanna, o Dedé Santana. Nessa época, eles ainda eram um trio, pois Zacarias ainda não fazia parte do grupo – ele entraria no ano seguinte.

Mussum é considerado por alguns fãs como o mais engraçado de Os Trapalhões. Ele ficou conhecido por adicionar as terminações "is" ou "évis" em palavras como forévis e cacíldis, e também pelo seu "mé", gíria que usava para falar de cachaça. O conselho sobre a terminação das palavas foi do comediante Chico Anysio. Quando ainda não se considarava um humorista, Mussum fazia participações na Escolinha do Professor Raimundo.

Por conta dos constantes compromissos com Os Trapalhões, Mussum deixou os Originais do Samba quando o programa foi para a Rede Globo, mas não se afastou da indústria musical. Ele gravou discos com Os Trapalhões e um álbum solo dedicado ao samba.

Anos finais

SUCO DE CEVADISS DEIXA AS PESSOAS MAIS INTERESSANTIS.

Mussum colaborou com vários projetos sociais nos anos 80 e 90, como a doação de um consultório odontológico para a Comunidade do Morro da Mangueira.

Ele morreu em 29 de julho de 1994, em São Paulo, aos 53 anos, após complicações por conta de um transplante de coração. Certamente deixou muita saudade, e suas piadas e tiradas são lembradas até os dias de hoje. Em julho de 2014 foi lançada a biografia do comediante, “Mussum Forévis”.

http://www.seuhistory.com/biografias/mussum
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Mussum, o rei do reco-requis

Antes de se consagrar como humorista, Antônio Carlos fez história como ritmista, cantor e compositor. Seleção reúne peças de diferentes fases de sua carreira musical

Alceu Maynard 09/04/12 12:00 - Atualizado em 28/02/14 20:33

Os Originais do Samba, com Mussum ao centro esmirilhando o reco-reco em 1972. Com o grupo, participou da gravação de 12 LPs e ganhou três discos de ouro. (Armando Borges / CEDOC FPA)

Sentado no bar, Mussum cantarola trecho de “Lá no morro”, de Almir Baixinho, Dona Fia e Marujo, gravada pelo grupo Fundo de Quintal. Mal termina, dirige-se ao garçom e tenta convencê-lo armar uma “pindureta” (vender a fiado) para a mesa, já repleta de “ampolas diuréticas” (garrafas de cerveja). Sem sucesso, Mussum e seu colega são arrastados do bar por um policial. A cena se passa no humorístico Os Trapalhões em pleno horário nobre dominical do maior canal de TV do país, poucos anos após o fim da ditadura militar.

Assistido predominantemente por crianças, o quadro hoje soa politicamente incorreto. Mas sem entrar nesta discussão, a verdade é que Mussum é o carismático personagem do músico, cantor e compositor Antônio Carlos Bernardes Gomes. O apelido do atrapalhado boêmio dos morros cariocas que não perde uma oportunidade de demonstrar sua habilidade no batuque de mesa e não recusa um gole de mé (cachaça) é dado por Grande Otelo, em referência a um peixe sem escamas, liso e ligeiro como as “sacadas” do ator.

Na juventude, Antônio Carlos estreita sua relação com o samba por meio de sua escola de samba do coração, a Estação Primeira de Mangueira. Observador, pesquisa o jeito malandro e gozador dos colegas. Muito estimado pela comunidade, passou de “Carlinhos da São Francisco” para o “Mumu da Mangueira”. Em depoimento ao documentário “Retratos brasileiros” (1998), do Canal Brasil, dirigido por Sérgio Rossini, Dedé, um dos colegas Trapalhão afirma: “Ele fazia muitas coisas pela Mangueira. Chegou trocar o cachê porque eles precisavam de um consultório de dentista”.

Disciplinado, herança dos oito anos em que serve a Força Aérea Brasileira, Antônio Carlos dedica-se ao reco-reco, enquanto participa da Caravana Cultural de Música Brasileira, de Carlos Machado: “Nunca vi ninguém tocar reco-reco como o Mussum! Ninguém tinha aquele suingue, só ele”, conta a cantora Alcione para o mesmo documentário.

Na década de 1960, Antônio Carlos junta-se a outros músicos amigos, a maioria ritmistas, e forma o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. Em 1962, fazem sua primeira excursão ao exterior: passam sete meses no México como Los Siete Diablos de la Batucada: “Passamos é fueme mesmo! A gente falava é cueca-cuela, ensaladis”, relembra Antônio Carlos ao lado dos companheiros Bidi, Chiquinho, Bigode, Rubão e Lelei em entrevista ao programa MPB Especial, daTV Cultura, em 1972. 

Logo a sorte do grupo muda. Em 1968, o produtor Solano Ribeiro sugere o grupo para se apresentar ao lado de Elis Regina na "I Bienal do Samba", interpretando "Lapinha", de Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro. A música vence o festival e Os Originais são contratados pela gravadora RCA Victor. Do primeiro, homônimo, desponta o sucesso "Cadê Teresa", de Jorge Ben.

Tentando fixar o grupo em São Paulo, Antônio Carlos pede ajuda a Jair Rodrigues. O cantor apresenta os sambistas para seus empresários, a dupla Venâncio e Corumba, que os colocam em seu casting. Logo, Jair inicia uma série de shows ao lado d'Os Originais do Samba: “Nos tornamos grandes amigos. Eu estava sempre na casa deles, e eles na minha. Inclusive, ele (Mussum) botou até um apelido em mim, que era “Zé da Zona”, porque a gente ia para as cidades fazer show e, depois para a noitada. Ele me chamava de Zé. Daí ficou 'Zé da Zona', diverte-se Cachorrão.

“O prazer dele era dar um porre no cara, vê-lo sair de quatro da casa dele, ver o cara ficar doidão”, afirma outro companheiro musical e de noitadas, Jorge Aragão, ao documentário “Retratos brasileiros”. Com Os Originais, Mussum grava o Aragão em 1977 e, posteriormente, três vezes em carreira-solo, dividindo a autoria em duas: “Paz e humor” e “Madureira Vaz Lobo e Irajá”, em ambas também com Neoci.

Carismático e bem-humorado nos palcos e nos bastidores, Mussum chama atenção dos comediantes profissionais. Em 1969, participa do programa de Chico Anysio. É o veterano colega que sugere a Mussum acrescentar as terminações "is" ou "évis" na palavras, que se torna sua marca registrada. Ao assistir ao programa, outro humorista, Renato Aragão, enxerga em Mussum o tipo ideal para integrar um novo projeto que elabora para a TV Excelsior: “Eu queria gente que nunca tivesse feito televisão, mas que tivesse experiência. Era difícil isso!” comentou o criador de Didi Mocó. Convencido pelo comediante Dedé Santana, o sambista concorda em participar do trio que logo migra para a TV Record e ganha o quarto integrante, Zacarias.

Mas a música é prioridade de Mussum, que se sente muito mais um “tocador de reco-reco” que humorista, mesmo considerado por muitos como o mais engraçado do grupo trapalhão. Sendo assim, os anos de 1970 são produtivos para Os Originais do Samba, que lançam mais de dez álbuns e uma coletânea. Com repertório variado, em Samba é de lei (1970) gravam Jorge Ben, Silvio César, Roberto e Erasmo Carlos, e Nelson Cavaquinho.

Dois anos depois, lançam O samba é a corda, os Originais a caçamba, álbum que engata o maior sucesso do conjunto, "O lado direito da rua direita", de Luis Carlos e Chiquinho. Acompanham artistas consagrados como Chico Buarque, Toquinho e Vinicius, Paulinho da Viola, Elza Soares, Elis Regina, Jorge Ben, Martinho da Vila, e o amigo Jair Rodrigues, e se tornam o primeiro conjunto de samba a se apresentar no Teatro Olympia, em Paris.

Mesmo com a popularidade nas alturas, Mussum não perde a humildade e simplicidade de Antônio Carlos, e continua sendo “mais um” dos seis integrantes d'Os Originas do Samba, cantando com vocais em uníssono. “Ele era uma figura muito dada, simples, tratava bem todo mundo que chegava nele... Ali, nos Originais, não tinha um só que mandava; todos os componentes eram os líderes”, disse Jair Rodrigues.

Em 1974, sempre com a eclética receita de bom humor nas letras e arranjos que passeiam entre algumas vertentes do samba, gravam o álbum Pra que tristeza, que apresenta "Tragedia no fundo do mar (Assassinaram o camarão)" e "Complicação", composição de Mussum, Bidi e Luis Carlos. Depois do sucesso da maliciosa "A dona do primeiro andar", parecem aderir ao universo do colega trapalhão e gravam O aniversário do Tarzan, LP em que a capa traz os integrantes fantasiados de personagens de histórias em quadrinhos.

O sucesso de Mussum nos Trapalhões começa atrapalhar a trajetória de Antônio Carlos no grupo que ajudou a formar. Em 1979, após o lançamento do álbum Clima total, o cantor e ritmista abandona o conjunto com quem gravou 12 LPs e ganhou três discos de ouro.

Começa a etapa individual na carreira musical de Mussum. Acompanhado por Almir Guineto (cavaco e banjo), Wilson das Neves (bateria), José Briamonte (piano), e outros músicos consagrados, lança em 1980 seu primeiro LP, homônimo. "A vizinha", mais conhecida pelo refrão “Pega ela, Peru!”, é o primeiro sucesso de Mussum longe de sua antiga trupe. O álbum tem participações de Márcia, Martinho da Vila e Jorge Aragão. Destaque para "Nega besta", de Arnaud Rodrigues, na qual canta com o linguajar do personagem que fez história.

Em “Um amor em cada coração”, uma composição de Vinicius de Moraes e Baden Powell, canta suave ao lado de Márcia. A faixa escolhida relembra o ano de 1968 quando Márcia e Os Originais do Samba acompanham o menestrel do violão, Baden, em álbum ao vivo, gravado no Teatro Bela Vista, em São Paulo.

Elegantemente vestido com terno branco e gravata verde e rosa, homenagem à escola de samba Mangueira, Antônio Carlos cumprimenta seu alter ego, Mussum, na capa do segundo álbum-solo, Água benta. Lançado em 1983, conta com músicos-regentes como Rildo Hora, José Briamonte, Wilson das Neves e Léo Gandelman. Na faixa título do disco, Mussum divide o partido-alto com Alcione, e em "Rio antigo" mostra sua versatilidade em uma bossa nova assinada com Chico Anysio. Ainda neste ano, grava a trilha sonora de O cangaceiro trapalhão, um dos 27 filmes do quarteto.

Três anos depois, Mussum registra seu último álbum individual. Com grande parte dos músicos do álbum anterior e mais a participação de Alceu Maia, Raphael Rabello e Arlindo Cruz, o LP traz duas composições autorais, incluindo a faixa de abertura, "Because forever", parceria com João Nogueira. Ainda em 1986, grava "Paz e humor" para a trilha sonora do filme Os Trapalhões no rabo do cometa, que ainda conta com Premeditando Breque, Grupo Rumo, Ira!, e Ultraje a Rigor.

Os próximos álbuns dos comediantes são Os Trapalhões (1987) e Amigos do peito (1991). Sabendo das dificuldades de manter a carreira-solo, Mussum propõe a Jorge Aragão formar um conjunto para tocar sem compromisso, apenas entre amigos. Seu parceiro aceita o convite, porém a ideia nunca se concretiza. Pouco depois, Mussum começa a apresentar problemas de saúde e, em 29 de julho de 1994, aos 53 anos de idade, morre em virtude de complicações após um transplante de coração.

Abaixo, trechos do programa MPB Especial com Originais do Samba na TV Cultura em 1972.

Repertório:

01. Cadê Tereza (Jorge Ben), por Os Originais do Samba e Jorge Ben (1969)
02. Vou me pirulitar (Jorge Ben), por Os Originais do Samba e Jorge Ben (1969)
03. E lá se vão os anéis (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro), por Os Originais do Samba (1971)
04. Do lado direito da rua Direita (Luis Carlos e Chiquinho), por Os Originais do Samba (1972)
05. O bem e o mal (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), por Os Originais do Samba (1970)
06. Saudosa maloca (Adoniran Barbosa), por Os Originais do Samba (1974)
07. Tragedia no fundo do mar (Assassinaram o camarão) (Zere e Ibrain), por Os Originais do Samba (1974)
08. A dona do primeiro andar (Luis Carlos e Lucar), por Os Originais do Samba (1975)
09. Maria, vai ver quem é (Monarco, Sarabanda e Cafuné), por Os Originais do Samba e Clementina de Jesus (1978)
10. Água benta (Sombrinha e Ratinho), por Mussum (participação de Alcione) (1983)
11. A vizinha (Pega ela, peru) (Paulinho Durena e Walter Moreira), por Mussum (1980)
12. Crioulo fumê (Mussum), por Mussum (1983) 
13. Paz e humor (Mussum, Jorge Aragão e Nelci), por Mussum (1986)
14. Because forever (Mussum e João Nogueira), por Mussum (1986)
15. Um amor em cada coração (Baden Powell e Vinicius de Moraes), por Mussum e Márcia (1980)
16. Nega besta (Arnaud Rodrigues), por Mussum (1980) (Mús. incidental: The old fashioned way, de Aznavour e Garvarentz) 
17. Rio antigo (Nonato Buzar e Chico Anísio), por Mussum e Chico Anísio (1983)
18. Filosofia de quintal (João do Cavaco e Zé Maurício), por Mussum (1986)
19. Piruetas (Enriquez, Bardotti e Chico Buarque), por Chico Buarque e Os Trapalhões (1981)
20. Lapinha (Baden Powell e Paulo Cesar Pinheiro), por Elis Regina e Os Originais do Samba (1968)

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Mussum
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mussum

Nome completo Antônio Carlos Bernardes Gomes
Nascimento 7 de abril de 1941
Morte 29 de julho de 1994 (53 anos)
Ocupação Músicohumorista e ator

Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum (Rio de Janeiro7 de abril de 1941 — São Paulo29 de julho de 1994), foi um músicohumorista e ator brasileiro.1 2 Como músico, foi membro do grupo de samba Os Originais do Samba, e, como humorista, do grupo Os Trapalhões.

Índice

Carreira

Mussum teve origem humilde: nasceu no Morro da Cachoeirinha, no Lins de Vasconceloszona norte do Rio de Janeiro. Estudou durante nove anos num colégio interno, onde obteve o diploma de ajustador mecânico. Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo em que aproveitava para participar da Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Mussum iniciou sua carreira artística tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba.3

Fundou o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. O grupo teve vários sucessos. As coreografias e roupas coloridas os fizeram muito populares na tevê, nos anos 1970, tendo o grupo se apresentado em diversos países.

Antes, nos anos 1960, foi convidado a participar de um show de televisão, como humorista. De início, recusou o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos atores, não era coisa de homem. Finalmente, estreou no programa humorístico Bairro Feliz (TV Globo1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu o apelido de Mussum, que origina-se do muçum, um peixe teleósteo sul-americano: como o peixe, Mussum era escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas.

Em 1969,4 o diretor de Os TrapalhõesWilton Franco, o viu numa apresentação de boate com seu conjunto musical e o convidou para integrar o grupo humorístico, na época naTV Excelsior. Mais uma vez, recusou: entretanto, o amigo Manfried Santanna (Dedé Santana) conseguiu convencê-lo, e Mussum passou a integrar a trupe em 1973. Na época, ainda era um trio, pois Zacarias entraria no grupo depois, em 1974. O grupo terminaria tornando-o muito famoso em todo o país. Mussum era o único dos quatro Trapalhões oficiais que era negro (Jorge Lafond e Tião Macalé, apesar de também negros e de atuarem em vários quadros com o grupo durante vários anos, eram coadjuvantes).

Apenas quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo, e o sucesso o impedia de cumprir seus compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três álbuns solo dedicados ao samba. Uma de suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira: todos os anos, sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de baianas, da qual era diretor de harmonia. Dessa paixão, veio o apelido "Mumu da Mangueira". Também era rubro-negro fanático.

O Trapalhão Mussum

Mussum foi considerado, por muitos, o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias (como forévis, cacíldis, coraçãozis) e pelo seu inseparável "mé" (que era sua gíria para cachaça). O personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha, como característica principal, o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.

Mussum se celebrizou por expressões onde satirizava sua condição de negro, tais como "negão é o teu passádis" e "quero morrer prêtis se eu estiver mentindo", além de recorrentes piadas sobre bebidas alcoólicas. Também criou outras frases hilariantes, que se popularizaram rapidamente, como "eu vou me pirulitazis (pirulitar)", quando fugia de uma situação perigosa, ou "traz mais uma ampola", pedindo cerveja, ou "casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!", passando uma cantada em uma mulher bonita, ou ainda "faz uma pindureta", pedindo fiado.

Seu personagem constantemente brincava com os outros membros do grupo, inclusive inventando apelidos divertidos (Didi Mocó era chamado de "cardeal" ou "jabá", eZacarias era chamado de "mineirinho de Sete Lagoas"). Também era alvo de gozações por parte dos demais membros do grupo, recebendo apelidos como "cromado", "azulão", "grande pássaro", entre outros, sempre ficando evidente, entretanto, que as brincadeiras e gozações eram feitas num ambiente de amizade entre os quatro, uma vez que, na maioria dos quadros do programa de tevê, os Trapalhões eram sempre quatro amigos que dividiam uma casa ou apartamento, sendo normal, portanto, que eles constantemente dirigissem gozações e criassem apelidos entre si.

Morte

Mussum morreu em 29 de julho de 1994, aos 53 anos, não resistindo a um transplante de coração, e foi sepultado no Cemitério Congonhas, em São Paulo.5 Deixou um legado de 27 filmes com Os Trapalhões, além de mais de vinte anos de participações televisivas.

Legado

Nos anos 1970 e 1980, Mussum era um dos poucos artistas negros na tevê. O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo, até hoje, muito vivo e presente na memória de seus admiradores, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, tendo sido lembrado em uma série de camisetas lançadas na cidade com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição "Mussum Forevis".

Após o Rio de Janeiro ter sido escolhido sede dos Jogos Olímpicos de 2016, vários internautas satirizaram o pôster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com a foto do humorista e, sob ela, a frase "Yes, we créu". Uma sátira a "Yes, we can" (sim, nós podemos), frase de campanha do presidente estadunidense. Também foram produzidas camisetas com a palavra "Obamis".

Uma rua de Campo Limpo, na cidade de São Paulo, ganhou o nome "Comediante Mussum" em sua homenagem. O Largo do Anil, em Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro, teve o seu nome mudado pelo prefeito Eduardo Paes para "Largo do Mussum". Uma famosa frase do humorista, "Só no Forévis", inspirou a banda brasileira dehardcore punk Raimundos, que utilizou a frase como título de seu álbum homônimo de 1999, bem como título da canção que abre o disco, uma vinheta em ritmo de samba.

Wikiquote possui citações de ou sobre: Mussum
Mussunzinho (um dos filhos de Mussum, junto com Augusto, Paula e Sandro) 
Referências

Ir para cima↑ globo.com (3 de março de 2010). Reedição mostra lado sambista de Mussum. Visitado em 22 de fevereiro de 2011.
Ir para cima↑ REIS, Fernanda. Biografia explora a carreira musical que Mussum largou, Folha de São Paulo, Ilustrada, E3, 6 de julho de 2014. Acesso em 6 jul. 2014.

Renato Aragão (Didi) · Dedé · Mussum · Zacarias


Os Trapalhões: Volume 1
Os Trapalhões: Volume 2
Os Trapalhões na TV
Os Vagabundos Trapalhões
Os Trapalhões na Serra Pelada
O Cangaceiro Trapalhão
O Trapalhão na Arca de Noé
Os Trapalhões e o Mágico de Oróz
Os Trapalhões (1984)
A Filha dos Trapalhões
Os Trapalhões (1987)
Os Trapalhões (1988)
Amigos do Peito: 25 Anos de Trapalhões
Os Trapalhões em Portugal
Trapalhões e seus Amigos

Televisão 

Relacionados 



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Os Originais do Samba
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Os Originais do Samba
Informação geral
País  Brasil
Período em atividade 1960 - atualmente

Integrantes Scoob, Rogério, Kiko, Juninho, Bigode

Ex-integrantes Bidi
Bigode
Chiquinho
Coimbra/Zinho/Claudio
Lelei
Rubão
Rubinho Lima
Sócrates
Valtinho Tato
Zeca do Cavaquinho

Os Originais do Samba é um grupo brasileiro de samba formado na década de 1960 no Rio de Janeiro por ritmistas de escolas de samba.1

Índice [esconder

História

O grupo começou a se apresentar em teatros e show, incluindo o palco do Copacabana Palace, onde realizou o espetáculo "O Teu Cabelo Não Nega".

Fixaram-se em São Paulo depois de excursionar pelo México, e em 1968 acompanharam Elis Regina na música vencedora da I Bienal do Samba, Lapinha, de Baden Powell e P.C. Pinheiro.2 No ano seguinte gravaram a música "Cadê Teresa", de Jorge Ben, que fez grande sucesso. Participaram de festivais e ganharam discos de ouro pela vendas de suas gravações, principalmente nos anos 1970, combinando o canto uníssono, a roupa padronizada e boa dose de humor.

Um dos integrantes do grupo, Mussum, sairia para formar Os Trapalhões ao lado de Renato AragãoMauro Gonçalves e Dedé Santana.

Completaram a formação com Coimbra (reco-reco) Zinho (da Cuica) e Claudio(surdo), em 1980,gravaram um compacto simples (mulher mulher de Jorge Ben),em 1981 um LP Eu me Rendo(Fabio Junior)e em 1983 o LP Canta meu povo Canta.

Tocaram com grandes nomes da música popular brasileira, como Alex Luiz, Armando GeraldoJair RodriguesVinicius de Moraes e mundial, como Earl Grant.

Excursionaram pela Europa e Estados Unidos, e foram o primeiro conjunto de samba a se apresentar no Olympia de Paris.

Alguns de seus maiores sucessos são Tá Chegando Fevereiro (Jorge Ben/ João Melo), Do Lado Direito da Rua Direita (Luiz Carlos/ Chiquinho), A Dona do Primeiro Andar, O Aniversário do Tarzan, Esperanças Perdidas (Adeilton Alves/ Délcio Carvalho), E Lá se Vão Meus Anéis (Eduardo Gudin/ P.C. Pinheiro), Tragédia no Fundo do Mar (Assassinato do Camarão) (Zeré/ Ibrahim), Se Papai Gira (Jorge Ben), Nego Véio Quando Morre.

Em 1997 gravaram um CD comemorativo pelos 30 anos de carreira; em 2000 gravaram o 1° CD Ao Vivo com convidados como Almir Guineto, Carlos Dafé, Joãozinho Carnavalesco, Dhema, entre outros, tendo como sucesso a releitura de "A Subida do Morro" com a participação do Rapper Xis; em 2003 gravaram um CD focado no Sambarock regravando os principais sucessos do grupo; em 2008 com recursos próprios lançaram o CD "A Corda Arrebenta e o Samba não Cai" com 15 músicas inéditas e 2 regravações. Atualmente continuam se apresentando no Brasil.

Integrantes:

Formação original

Bidi - cuíca, voz
Chiquinho - ganzá, voz
Lelei - tamborim, voz
Mussum - reco-reco, voz
Rubão - surdo, voz
Bigode - pandeiro, voz

Segunda Formação (Original)

Bigode - pandeiro,voz
Lelei - tamborim,voz
Chiquinho - agogo,voz
Coimbra - reco reco,voz
Zinho - cuica,voz
Claudio - surdo,voz

Segunda formação

Bigode - pandeiro, voz
Zeca do Cavaco - cavaco, banjo
Gibi - reco-reco, tamborim
Sócrates - violão
Rubinho Lima - percussão 
Valtinho Tato - percussão
Formação atual
Scoob,
Rogério Santos,
Juninho,
Bigode.

Ex-integrantes:
Almir Guinéto (Rápida passagem em 1979)
Armando (falecido)
Bidi (falecido)
Branca di Neve (falecido)
Bigode
Chiquinho
Coimbra - reco-reco,voz (no lugar do Mussum em 1980)
Zinho da cuica (no lugar de Bidi)
Claudio - surdo (no lugar de Branca di Neve)
Gibi (seguindo carreira solo cantando música gospel)
Vinicius - baterista
Biguinho - compositor (falecido)
Mussum (falecido)
Paulo Rogério, o Paulão - baterista (falecido)
Rubão (falecido)
Rubinho Lima - depois Sambasonic
Sócrates
Valtinho Tato
Zeca do Cavaquinho
Joãozinho Carnavalesco
Fritz Escovão
Lelei (Atualmente escritor e humorísta)
Betinho Drums
Zé Carlos (Adorno) Tecladista e Arranjador

Discografia:

Álbuns:

Os Originais do Samba (1995)RGE
Os Originais de todos os sambas (1997)RGE
Os Originais do Samba Ao Vivo (2000)Rhythm and Blues
Swing dos Originais (2003)Rhythm and Blues/Canta Brasil
A Corda Arrebenta e o Samba não cai (2008)Independente

EPs/LPs:

Os Originais do Samba (1969)RCA
Os Originais do Samba - Volume 2 (1969)RCA
Samba é de Lei (1970)RCA
Samba Exportação (1971)RCA
O Samba é a Corda... Os Originais a Caçamba (1972)RCA
É Preciso Cantar (1973)RCA
Pra que Tristeza (1974)RCA
Alegria de Sambar (1975)RCA
Em Verso e Prosa (1976)RCA
Os Bons Sambistas Vão Voltar (1977)RCA
Aniversario do Tarzan (1978)RCA
Clima Total (1979)RCA
Os Originais do Samba (1981)RCA
Canta, Meu povo, Canta (1983)RCA
A Malandragem Entrou em Greve (1986)Copacabana
Sangue, Suor e Samba (1989) Copacabana
Brincar de Ser Feliz (1992) ChicShow/Fivestar
A Vida é Assim (1994) ChicShow/Fivestar

Outros:

Show / Recital - Baden Powell - Márcia - Os Originais do Samba (1968)
Notas e Referências:

Ir para cima↑ Os Originais do Samba dicionariompb.com.br. Visitado em 16/06/2013.
Ir para cima↑ REIS, Fernanda. Biografia explora a carreira musical que Mussum largou, Folha de São Paulo, Ilustrada, E3, 6 de julho de 2014. Acesso em 6 jul. 2014.
Ver também[editar | editar código-fonte]
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Vídeos de Mussum com Os Originais do Samba: